sábado, 31 de maio de 2008

Travessia Pilões - Pedrinhas

No último dia do feriado, planejávamos fazer um trilha leve e rápida (para eu voltar cedo para São Paulo fugindo do trânsito) e decidirmos descobrir para onde levaria o caminho à esquerda da bifurcação Pilões - Belém. Na realizada procurávamos uma represa nos Pilões.

Após a bifucação avistamos a serra e lá em cima uma estradinha de terra onde provavelmente iríamos passar. Após uma sessão de descanso com barrinha de cereal, seguimos um retão que logo virou uma subida para alguns kilômetros depois chegarmos numa ponto de decisão. Para cima ficava Nazaré, em frente o Mosteiro e para a direita, Pedrinhas.

Escolhemos subir em direção a Nazaré e após uma íngreme subida, chegamos no que achamos ser uma parte do mosteiro. Pedimos informação a um padre que nos indicou a trilha para a Pedrinhas, na realidade a estrada municipal Antonio Vieira Cortez, que seguimos quando descemos. Ficou claro que a trilha (a estrada) era selvagem e o trecho iria ser de aventura. Nessa estrada não passava nem 4x4 e o mato tomava conta da trilha e após passarmos uma porteira começamos a subir, só que a trilha agora era formava por duas valetas e erosões, onde era impossível pedalar. Subimos uns 5 kilômetros praticamente empurrando as bikes, que levou mais de uma hora. Essa foi a pior parte da trilha.

Chegando no topo do morro, fizemos um pit-stop e logo iniciamos a descida. As valetas continuavam e em muitos trechos não dava para pedalar. Tínhamos que empurrar as bikes na descida ou carregarmos as magrelas no ombro. Logo veio o trecho mais radical, um single track de uns dois kilômetros onde pudemos tirar o atraso, e que loo terminou num lago. Será que essa era a tal represa que haviam nos indicado ?

Após outra pausa, continuamos o trecho de relevo, onde chegamos numa bifurcação. Na dúvida e já detonados pelo trecho punk que havíamos passado, resolvemos bater num sítio próximo e perguntar. O caminho a esquerda nos levaria para o bairro das Pedrinhas, direto na Fazenda Esperança, centro de recuperação de drogados famoso na região e que tinha recebido a visita do Papa em sua última visita ao Brasil. Esse trecho foi bem radical, com algumas descidas técnicas e um visual legal, por trechos bem montanhosos.

Chegando nas Pedrinhas, após uma pausa merecida, em menos de 20 kilômetros de asfalto estaríamos em Guará. Esse foi sem dúvida o pedal mais pesado que fizemos na região e claro valeu pela aventura.
Classificação:
- Dificuldade: Difícil
- Distância: 59,3 km
- Visual: Paisagem selvagem, remota e com pontos de altitude
- Percurso: estradas de terra, trechos intransitáveis até de jipe, single tracks e volta pelo asfalto
- Tipo: aventura, com relevo acentuado, com subidas intermináveis e alguns trechos radicais de downhill

A seguir seguem a altimetria, o mapa e o percurso do Google Earth em tilt.





Pedal para o Jararaca pelo Broca

No sábado do feriado fizemos um passeio diferente, mais estilo aventura. Eu já queria a um tempo descobrir onde sairia um estradinha chamada estrada do Rio das Pedras, que passamos ao ir para a Igreja de Santo Expedito (uns meses atrás), mas em vez de ir pela estrada por onde eu conhecia, decidi encontrá-la indo pelo Broca. O pior é que o Google Earth não tinha imagens de alta resolução do local. Então no GPS fomos com só uma parte da trilha, mas vamos arriscar ...
Seguimos para o bairro do Campinho, onde logo chegamos ao Broca. Tinha muito tempo que eu não passva por lá e seguindo em frente pela rua principal do bairro logo chegamos ao fim do asfalto. Nesse instante fomos agraciados por uma subida daquelas, de primeira (marcha). O visual começava a mudar e logo podíamos avistar grande parte da cidade e da zona rural daquele lado.


Uma LT (linha de transmissão) nos acompanhava pelo caminho e a estrada ficava cada vez mais interessante, com trechos estreitos pelo cume dos morros e outros trechos sinuosos. Dava até para fazer um downhill, mas existia a chance de cruzarmos com carros pelo caminho. O visual era fantástico !

No fim da descida, o GPS nos mandava sair da estrada (que nos levaria de volta para Guará, mais precisamente para o Clube dos 500). Aqui começava a aventura. Passamos as bikes pela cerca e subimos a montanha, impossível de pedalar por causa das lombadas que existiam (provavelmente para conter a chuva). A montanha não tinha fim e gastamos muito tempo empurrando a bike pelo meio do mato. Lá em cima encontramos outra cerca e após um trecho plano pelo mato, chegamos na descida, com as mesmas lombadas, só que com muito mais mato. Nem adiantava procurar a trilha, porque o mato havia enconberto tudo e ás vezes a gente machucava a perna nos espinhos que encontrávamos pelo caminho.

O fim da descida, agora só de terra, exigia uma técnica maior, porque a inclinação muito forte certamente derrubaria para a frente os menos desavisados. Mas a aventura ainda não havia acabado e para a nossa surpresa o pouco de trilha que existia acabava num riozinho. Na beira do rio avistamos a estrada, do outro lado. Escolhemos o melhor lugar para atravessar e bike na água.

Na estrada, sabíamos que a direita voltaríamos para Guará e a esquerda poderíamos alcançar a estrada do Rio das Pedras, nosso destino planejado. Seguimos pela esquerda e a uns dois kilômetros a estrada acabou na Fazenda Jararaca. Como já estava meio tarde (mais de 16:00 horas) e não tínhamos faróis arriscamos a última tentativa pegando um estradinha que cruzamos, claro, pulando outra cerca. Era um terreno de Eucaliptos (provavelmente da Votorantim) e era notório que havia muito tempo que não passava carros por ali, por causa do mato. Subimos bem e logo a estrada acabava de vez num matagal no topo do morro e em uma cerca. Lá na frente, uns 2 morros depois eu avistava o asfalto, mas como já eram quase 17:00 horas, decidimos voltar. Após um pequeno capote no mato (a roda da frente entrou num buraco e eu fui ... para o chão), voltamos descemos a estrada e logo saímos do terreno da Votorantim. Agora na estradinha conhecida em 10 kilômetros chegaríamos em Guará, pelo bairro da Pedreira.
Classificação:
- Dificuldade: Difícil
- Distância: 26,8 km
- Visual: Fantástico (a estradinha depois do Broca é muito bonita)
- Percurso: Partes de estrada de terra com trechos de mato sem trilha e muito morro
- Tipo: Muita subida e descida

A seguir seguem a altimetria, o mapa e o percurso do Google Earth em tilt.



Pedal para os Pilões

Como todos os pedais em Guará, mais um feriadão prolongado (Corpus Christi), mas desta vez com previsão de 4 dias de sol sem o menor indício de chuva.
Depois de um pedalzinho leve (na noite anterior), na sexta-feira partimos bem cedo para o bairro dos Pilões, só que por um caminho diferente: Iniciando pela Colônia do Piagui e pegando umas estradinhas até a ponte dos Pilões (que sai depois da bifurcação Pilões-Belém), caminho que eu ainda não tinha feito.
Como saimos bem cedo e também pelo época do ano, pegamo uma neblina danada, daquelas de deixar tudo molhado, que fazia com que a poeira da estrada grudasse em tudo.


O caminho na Colônia era conhecido, pela Estrada das Posses, mas a frente em vez de seguirmos no sentido Pilões, continuamos por dentro passando por novos lugares e nos aproximando cada vez mais da Serra da Mantiqueira. O visual predominante era de montanhas, algumas formando vales, onde se encontravam alguns lagos, geralmente com algum sitiozinho por perto. Lugar Zero Stress !!!

O relevo começava a ficar mais acentuado, com alguns trechos de subida, que mais a frente se transformaram num downhill bacana em uma estrada arborizada, que passava por alguns sítios numa pequena comunidade rural. Alguns kilômetros a frente já encontramos a ponte do Rio Piagui, um riacho tranquilo cheio de pedras e que no calor deve fazer sucesso.

Logo encontrávamos o asfalto, já próximo a igrejinha dos Pilões. Lá chegando, fomos tratando de nos hidratarmos com suco de cevada gelado (depois de 40 km de padalada no sol, não existe coisa melhor para beber que uma cerva trincando ...).

Na volta, já devidamente hidratados, menos de uma hora de pedal pelo asfalto nos separavam de Guará. Começamos bem o feriado.

Classificação:
- Dificuldade: Fácil-Moderado (pela distância)
- Distância: 55,9 km
- Visual: Paisagem rural bacana, mas sem grandes altitudes
- Percurso: Misto (ida por estrada de terra regular e volta por asfalto)
- Tipo: Plano em boa parte, com alguns trechos de relevo e poucos downhills.

A seguir seguem a altimetria, o mapa e o percurso do Google Earth em tilt.





sábado, 10 de maio de 2008

Trilha São José dos Campos - Monteiro Lobato

Já no fim do feriadão, com a previsão de um dia com "céu de brigadeiro" não resisti ao convite desse pedal. Bike no carro, me encontrei com o Xoxota na casa dele em São José dos Campos e lá botamos as duas bike no carro dele e seguimos para a estrada que vai para Monteiro Lobato. Chegamos no Queijo Cremoso e após equiparmos, seguimos para a trilha, que sai do asfalto pega um caminho alternativo para a cidadezinha que estávamos por conhecer. Os primeiros kilômetros eram só subida que se revezava com alguns trechos planos. Numa das subidas íngremes, nós em primeira marcha literalmente "moendo cana" quase fomos atropelados por um cara em sentido contrário a uns 50 km/h. A sorte era que o cara era bom de braço, por que passou entre eu o o Xoxota num espaço de 1 metro entre nós. Vencemos a primeira montanha e lá no alto, com aproximadamente 800 metros de altitude se encontrava a bifurcação para São Francisco Xavier (fica para a próxima) e Monteiro Lobato.
Seguimos agora no primeiro downhill do passeio e que tesão de descida, daquelas que enchem os olhos de lágrimas por causa da emoção e do vento na cara. A trilha se alternava entre trechos planos, pequenas subidas e pequenas descidas, com alguns riachos pelo caminho. Logo começou a subida da segunda montanha e andávamos num ritmo bom, quase sem parar. No alto do morro paramos e depois de um minutinho começamos o segundo downhill, só que agora a estrada tinha barro e caminhos fundos feitos pelas rodas dos carros, ou seja, uma bobeira significava chão.
A descida foi uma daquelas. O Xoxota na frente (ele conhecia a descida por já ter passado lá antes) e eu atrás, ambos a uns 50 km/h no meio do barro (as vezes com areia) e das valetas. Sabíamos que existia uma curvinha daquelas, que fizemos sem problemas. Simplesmente radical a descidinha
Vencida a descida sem maiores danos e com muita adrenalina encontramos o asfalto (a mesma estrada onde paramos o carro, só que uns 20 km pra frente) e após uns 2 km de subida chegamos a Monteiro Lobato, meio cheios de barro na roupa e nas bikes.
Logo na praça central demos uma reforçada no estômago (desta vez troquei a cerveja por suco de laranja e pão de queijo) e uma descansadinha básica para logo seguirmos de volta pela mesma trilha. Agora era fácil, porque os downhills virariam subidas íngremes e as subidas virariam downhills. O único acidente foi bem light: numa subida o Xoxota perdeu o equilibrio numa valeta e chão, ou melhor, barro. Nessa subida, que pensávamos ser o maior problema, vencemos fácil. Quando descemos ela, deu a impressão dela ser mais longa, mas rápido chegaríamos ao topo do primeira montanha no caminho de volta. O caminho agora já era conhecido, ou seja, após a descida, um trecho com poucos desníveis e após uma subida/descida e já chegaríamos no fim da trilha. A trilha foi ótima, com uns 45 kms, subidas e descidas boas, clima bom e visual legal. Como próximo desafio para essas bandas, queremos fazer o caminho para São Francisco Xavier. Qualquer dia desses vamos lá. Segue o mapa (caminho completo Casa do Xoxota - Queijo cremoso (onde começamos a trilha) - Monteiro Lobato, a foto do Google Earth (só a trilha) e a altimetria ida-e-volta (também só da trilha).


Pedal Guará - Roseira

Em pleno feriadão prolongado (feriado de Tiradentes na quinta), depois de dois dias de chuva e frio, naquela situação do tipo "eu olho pra bike e a bike olha para mim", até que enfim no sábado pintou um solzinho e a previsão do tempo mostrava uma chuvinha a tarde. Demos uma foda-se pra chuva que poderia vir e botamos as bikes no asfalto (O Larica não queria sujar a bike ...).
O roteiro de início era pegarmos a estrada Guará - Potim, que passa pelo bairro de Santa Luzia. A estradinha é bem tranquila e começa um pouco depois da bifurcação que leva para a Pedrinhas.
A estrada é plana, um passeio, e dá para ver a Basílica de Aparecida. Num trecho tinha uma placa que anunciava o novo centro de treinamento do time Guaratinguetá, que chegou nas semi-finais do Paulistão. Pouco depois, chegamos ao Potim, cidade que a poucos anos era distrito de Aparecida. Como o trecho não deu nem para suar, o Larica logo lançou o desafio: "Vamos para Roseira ?" Que dúvida que eu iria recusar e lá fomos nós. No caminho, passamos por Aparecida e aproveitamos para parar no mirante onde os pescadores viram a imagem de Nossa Senhora e onde hoje tem uma imagem. Saindo de Aparecida fomos seguindo pela estrada conhecida como estrada velha, que em quase todo o percurso segue paralela e bem próxima a via Dutra. Como é uma estradinha secundária, umas "finas" de carros e caminhões eram inevitáveis, mas como o movimento estava tranquilo, o pedal foi sossegado. Chegando em Roseira, atravessamos a cidade (quando escrevo atravessamos, pedalamos uns 500 metros) para acharmos um boteco e tomarmos uma cerva. Achamos um em frente a igreja matriz da cidade.
Na volta ainda passamos pela Basílica de Aparecida e seguimos de volta para Guará, resultando nuns 47 km depois de 2 dias de chuva e frio em pleno feriadão. Segue o mapa do pedal. Como foi quase tudo plano, desencanei da altimetria.