sábado, 19 de março de 2011

Vídeo da Travessia Cunha - Parati pela Estrada Real

Acaba de sair do forno o videozinho que fiz do pedal Travessia Cunha - Parati pela Estrada Real. Saímos de van com os Guarabikers de Guaratinguetá e fizemos o percurso de bike debaixo de chuva, com muito barro e umas cervejinhas. Essa é uma das clássicas da região. Segue o vídeo.


sexta-feira, 18 de março de 2011

Travessia Cunha - Parati pela Estrada Real

Domingão passado (13/03/2011) rolou a travessia Cunha - Parati, evento organizado pelo Valdir do Guarabikers. Reservei meu lugar com antecedência, porque sabia que essa trilha ia ser massa.
Sabadão, vindo de uma temporada com pouco pedal devido a uma lesão na perna, fui dar um treininho em Guará e descobri que a bike, quase que recém-tirada da revisão estava com o disco dianteiro pegando. Após um período de desespero, consegui por conta própria resolver o problema, sábado de noite, com todas as oficinas de bike já fechadas.
Domingão, saímos cedo (ou melhor, de madrugada) de casa. Meu velho companheiro de pedal, Vinícius, vulgo Xoxota, veio de São José dos Campos para fazer esse programa de índio. Uns 500 metros depois que saímos de casa, meu câmbio dianteiro pára de funcionar (ainda bem que foi o dianteiro). Chegamos na frente do Itaguará (ponto de encontro do pedal) e mesmo tentando, não teve jeito: deixei a câmbio na coroinha, já que iria encarar muito subida e essa seria minha melhor opção.
A  turma foi chegando aos poucos e logo depois das 6:00 horas já estávamos saindo, com todas as bikes presas na van. Esse passeio teve até carro de apoio ...
Chegando em Cunha, descarregamos as bikes da van na praça central e nos preparamos para o início do pedal.
Após uma boquinha na padoca, iniciamos o pedal, por voltas das 8:00 horas. Logo na saída de Cunha já pegamos umas puta subidas e já teve gente comprando terreno ...
A poucos quilômetros de Cunha, o trajeto se alternava entre terra e trechos com bloquete, pois tinham muita subidas.
O tempo estava ameno, com céu encoberto e temperatura agradável para pedalar. Estava óbvio que iríamos pegar chuva mais tarde.
Pouco tempo depois passamos pela Cachoeira do Pimenta, uma puta cachoeira que beira a estrada. Vontade de descer e ver qual que é, não faltava.
O trecho predominante agora era de terra, ou melhor, barro. Logo passamos por uma ponte meio detonada e paramos para ajudar o carro de apoio, já que as cabeceiras já tinham caído.
Mais para frente, chegamos numa big subida de barro e mesmo tentando ao máximo subir pedalando, não teve jeito, tive que empurrar. Aí teve mais um terreninho vendido e o biker autor da proesa caiu e ficou. Na hora que subi, imaginei como o carro de apoio iria subir, mas depois me disseram que ele pegaria outro caminho. Menos mal, ou não !!!
Logo chegamos no asfalto, encontramos o pessoal e seguimos debaixo de uma chuvinha fraca até nova concentração, desta vez num bar na beira da estrada. Uma ótima pausa para uma cervejinha. Já um pouco turbinado, reiniciamos o pedal por mais 6 km de subida de asfalto até chegarmos no alto da serra, bem na divisa SP/RJ. Lá a chuva apertou e tivemos a notícia que o carro de apoio atolou. Alguns ficaram aguardando os demais, mas eu, o Vini e o Zé começamos a descida. Seriam 1500 metros de desnível em mais de 10 km.
Eu iniciei num ritmo bem cabaço e logo passei por um doido numa BMW tentando chegar em Parati (é altamente desaconselhável descer a serra de carro de passeio). Pouco tempo depois, apreciando a vista do local, encontrei com mais algumas pessoas do grupo.
Recomecei o pedal e mais uns bons quilômetros encontrei o Zé e o Vini num boteco muito doido no meio da serra. Novamente, uma paradinha para cerveja e pastel. 
Lá esperamos o resto do grupo e descobrimos que o carro de apoio realmente havia ficado preso no caminho alternativo no barro e que a roupa de quase todos estava lá. Depois de um bom papo e algumas cervejas, eu e o Vini continuamos a descer, mas agora, o ritmo cabaço deu lugar ao ritmo suicida e confesso que eu nunca havia descido tão bem uma trilha daquelas. Foi um peguinha bom na descida. Eu olhava para trás e via o Vini na minha roda. Logo chegou o trecho de asfalto e a diversão continuou, fazendo as curvas no limite, com chuva e tudo. Como eu estava sem câmbio dianteiro, eu estava só no embalo e logo o Vini me passou. Pouco depois parte da turma nos alcançou logo na entrada de Parati e achamos a praia do Pontal, onde a van estava nos esperando. Como minhas roupas estavam na van, aproveitei pra pegar uma ducha numa pousada em frente ao quiosque que ficamos e em seguida, mais confortável, detonamos várias cervejas e um almoço bacana para a fome que estávamos. Algumas horas depois, para a surpresa de todos, o carro de apoio chegou. Conseguiram desatolar a pickup e ela chegou, para a felicidade de todos. Por volta das 18:00 horas, com todas as bikes na van pegamos a estrada e pouco antes das 22:00 chegamos em Guará.
O pedal foi animal. A chuva só deixou mais divertido e o problema mecânico que tive não atrapalhou em nada. Certamente foi uma das trilhas mais legais que já fiz e o pessoal que participou também era nota 10. Pode-se medir o quanto um pedal é legal pelo estado que a bike volta (quanto mais suja melhor):


Abaixo segue a captura do Google Earth, a altimetria e o mapa do Garmin Connect.