sexta-feira, 22 de abril de 2011

Pedal Extrema - Joanópolis - Extrema

Como eu não pude ir no pedal para Extrema organizado pela Pedalac de São José dos Campos, combinei com o Vini de fazermos esse trajeto na quinta do feriado (21/04). Peguei o track no GPSies (tinha um monte de track, ou seja, o percurso devia ser bem manjado pelo pessoal do MTB). Na quinta, saí às 4 da matina de Sampa, encontrei o Vini em SJC e seguimos para Extrema, onde deixamos o carro numa avenida da cidade, equipamos e começamos o pedal por volta das 9:00 hrs. 
O tempo estava bom, com céu azulaço e não muito quente. Da cidade já avistamos a montanha que deveríamos atravessar. 
Não demorou muito e já começou a subida, que era muito íngreme. O trecho de subida era quase todo pavimentado com bloquetes ou mesmo cimento (imagino que devido a quantidade de sítios que havia por lá) e haviam poucos trechos de terra, mas o que chamava a atenção era a inclinação. Tão alta que eu só comparava com a subida da Serra de Quebra Cangalha, num pedal que fiz, relatado em Vencendo a Serra de Quebra Cangalha. A subida de Castelhanos fica no chinelo !!! 
Eu aproveitava algumas sombras para parar e bater algumas fotos, já que o calor estava pegando. A subida não era muito técnica, era até fácil tecnicamente, pois pelo fato de ser pavimentada era só manter o equilíbrio, ter força e mandar ver. Pouco mais de 1 hora depois chegamos na encruzilhada: continuando reto desceríamos para Joanópolis e à direita, subiríamos ainda mais, para a rampa de vôo livre, nosso destino. 
Mais uma meia hora de subida e chegamos na tal rampa. Um verdadeiro mirante com vista para o Vale do Paraíba. O visual que recompensa qualquer subida. Simplesmente fantástico ! 
Uma pena já ter passado por lá um bando de porcos, que deixaram garrafas de pinga jogadas por onde estavam. Aliás, lá é passagem de muita gente, que como nós parava para admirar a paisagem. Demos um tempo e depois resolvi avançar um pouco mais, até umas torres de telecomunicações que eu avistei da rampa. Devo ter gasto mais uns 10 minutos de pedal, com uns 3 subidas mais curtinhas até chegar na torre, onde havia um estacionamento de hotel, mas não rolava nenhuma vista legal. Na volta para a rampa, um trecho um pouco mais aberto permitia uma vista para o lado mineiro, inclusive para a cidade de Extrema.
Havia outros caminhos que deviam levar a outras pedras indicadas na placas que vimos pelo caminho. 
Pouco tempo depois iniciamos a descida até a encruzilhada. Como o trecho era de bloquete, fomos na manha, porque também subiam carros por lá e um encontro cara-a-cara podia resultar numa visita ao hospital. Passamos a encruzilhada e seguimos para Joanópolis, onde a descida tornava-se diferente, cheio de pedras e valetas, ou seja, só 4x4 passava. A descidinha agora é bem técnica e fizemos um downhill legalzinho. A atenção ficava para alguns trechos de pedras soltas, que mandaria para o chão qualquer vacilão. Após a descida, pudemos avistar a serra da mantiqueira que havíamos deixado para trás.
Foram alguns minutos de descida, depois mais umas duas subidinhas e já chegamos em Joanópolis, onde paramos numa padoca para tomar uma coca gelada.
Uma meia hora depois, voltamos para Extrema, só que pelo caminho mais plano que liga as duas cidades. Pouco depois de sair da cidade, já iniciamos outra subida, não tão íngreme quanto a da ida, mas como já estávamos um pouco cansados, esse trecho de subida começou a pesar e diminuímos o ritmo. Essa subida continuaria até a divisa de estados (SP-MG), onde depois viria uma descida, também não muito íngreme. 
Após essa descida, na estrada haviam muitos sítios e o caminho se alternava entre subidas e descidas. Trecho plano por lá era coisa rara e o sol estava pegando, pois já eram por volta de 13:00 horas.
Logo chegamos no trecho urbano da cidade de Extrema, mas uma big subida, interminável ainda nos esperava, pois o carro estava do outro lado da cidade. No meio da subida aproveitamos para parar num posto de gasolina onde tomamos um banho de gato e após um descida, ou melhor, uma ladeira daquelas que dá impressão que vamos virar para a frente, chegamos no carro. Enfim, pedal feito. Após umas cervejinhas para hidratação pegamos a estrada de volta a São José dos Campos.
O pedal foi bem massa, mas bem pesadinho também. Por isso não é aconselhável a novatos ou enferrujados. Até que fizemos num ritmo bom, principalmente na subida da serra, mas depois o cansaço bateu e fomos administrando. O percurso deu menos que o previsto, em torno de 40 km e 3:30 hrs pedalados (umas 5:00 hrs total).
A seguir, a altimetria, a captura do Google Earth e o Garmin Connect.




domingo, 10 de abril de 2011

Vídeo da Travessia de Castelhanos em Ilhabela

Como já de costume, alguns dias depois postei o vídeo da aventura. Desta vez postei no Vimeo, já que o Youtube cortou meu som.
A aventura está descrita em Travessia de Castelhanos em Ilhabela e o vídeo está aí embaixo.


sábado, 2 de abril de 2011

Travessia de Castelhanos em Ilhabela

Mais uma clássica para o currículum e para os que gostam de amassar um barrinho de vez em quando.
Madruguei no sábadão, 26 de março, e lá pelas 4:00 horas já estava na marginal em direção à São José dos Campos, onde iria encontrar mais uns doidos para descermos para Ilhabela.
Por volta das 6:00 horas já estávamos novamente na estrada indo para o litoral. Eu, Vini, Dani, Ortiz e o Gilson estávamos numa Hilux 4x4 com as bikes atrás e iríamos encontrar ainda o Duzão e o Caio que estavam de férias na ilha. 
Passamos a balsa, entramos em Ilhabela e paramos o carro numa agência para tentar esquematizar um resgate de Castelhanos com Jipe, mas não rolou por causa do preço que estavam pedindo. 
Lá pelas 9:00 horas, devidamente equipados e untados de repelente partimos para Castelhanos de bike. Duzão e o Caio iniciaram o pedal antes de nós.
O trecho urbano é curtinho e uns 2 km depois já inicia a subida contínua que iria acabar só no alto da serra. O sol estava ardendo e o calor começava a pegar, mas socamos o pé porque já sabíamos que a subida iria nos castigar um pouco. 
Logo chegamos na entrada do parque onde paramos para juntar o grupo. 
Uma jornalista ainda nos pediu uma entrevista para uma matéria que estavam fazendo sobre a ilha para a Revista Eco Rodovias São Paulo.
Após a entrevista recomeçamos o pedal. Eu e o Vini estávamos num ritmo mais forte e fomos nos distanciando do Dani e do Ortiz. A estrada até que estava boa, sem barro no trecho de subida e com poucos trechos de pedra. O transito de veículos 4x4 na estrada levando turistas para Castelhanos enche o saco, pois a maioria dos motoristas não respeitam os mountain bikers e simplesmente "metem" os jipes em cima das bikes na estrada apertada.
Num trecho encontramos um grupo de mountain bikers fazendo o mesmo percurso que nós.
Após 1:20 horas de pedal cheguei no alto da serra e parei para esperar o pessoal. Logo chegaram o pessoal do outro grupo e o Vini e ficamos esperando os dois restantes. Havia uma neblina que encobria a vegetação e o clima quente dava lugar ao friozinho, que após 10 minutos começava gelar o corpo.
Após mais de 40 minutos de espera, começamos a ficar preocupados com os dois que não chegavam. Paramos um motoqueiro, que disse ter passado por dois caras de bike voltando !!! Fudeu, pensamos ... Mas vamos nessa completar o trajeto, que vai ver os caras vão pegar a pickup e vão para Castelhanos com ela.
Iniciamos o downhill. No início da descida dava para dar um gás legal, mas lá pela metade do trecho o terreno ficou mais escorregadio e comecei a maneirar um pouco. A descida era interminável ! Logo veio o trecho de barro e mais a frente encontrei um TR4 parada esperando um motoqueiro atolado dar passagem. Haviam dois motoqueiros, um "novinho" totalmente desesperado que mal conseguia fazer a moto pegar e um mais velho, tentando ajudar. 
Eu passei por eles amassando barro, ou mousse de barro, e fui embora. Mais à frente depois de vários quase, tomei um tombinho no barro para acordar ... Logo encontrei o Vini, que desceu na minha frente e após um trecho de empurra chegamos nas poças dágua e no rio.
Aproveitamos para lavar um pouco a bike e a sapatilha e fomos para a praia, onde encontramos o Caio e o Duzão tomando um gelada num quiosque. Eita vidinha mais ou menos. A praia de Castelhanos é bem bacana e só se chega de bike ou de 4x4, mas os borrachudos castigam quem estiver por lá.
Mais ou menos 1 hora depois para nossa surpresa, chegaram o Dani e o Ortiz de pickup, que realmente haviam desistido da subida e pegaram a carro. 
Antes dos dois chegarem havíamos negociado a volta com um jipeiro que estava por lá. Como eles vieram de carro, despachamos as bikes de jipe e subimos de pickup. Alías, essa subida de pickup é que foi um dos atrativos do passeio. Lá embaixo eu já estava um pouco preocupado com a subida, pois o trecho de barro estava muito ruim, a ponto de 4x4 sofrer para passar. E não deu outra.
Chegando no trecho, com 4x4 e reduzida engrenada, a pickup simplesmente não conseguia subir por causa de umas pedras. A valeta bem funda não deixava desviar da pedra e por isso foram mais de 20 minutos de insistência para passar. 
Apenas após um morador local nos dar uma força com a enxada, é que conseguimos passar pelo trecho. O restante do caminho de subida também estava bem ruim, mas a pickup enfrentou numa boa. O bloqueio de diferencial fez falta, mas a Hilux nos surpreendeu com a resistência.
Logo chegamos na entrada do parque onde fomos resgatar nossas bikes. O Caio e o Duzão haviam voltado no jipe com as bikes, e quando chegamos na entrada do parque eles já haviam pego o carro e ido embora, mas os encontramos mais à frente esperando a igreja abrir ...
A passeio já estava no final, restando agora o retorno para São José dos Campos e depois para São Paulo. No geral foi bem legal, mas é um puta trampo para pedalar um trecho até que curto. A ida do centro para Castelhanos tem uns 21 kms e não possui trecho plano, ou seja, metade de subida brava e metade de descida, portanto não aconselhável para novatos ou para quem está com a bike juntando poeira em casa. Mas certamente é um pedal bem massa e a cervejinha com uma porção de camarão no fim do pedal compensam a logística para fazer o pedal.
A seguir a altimetria, a captura do Google Earth e o track do Garmin Connect.